No decorrer do ano letivo os profissionais da educação e as instituições de ensino costumam mergulhar na inércia de um cronograma repleto de compromissos e prazos que parecem estar sempre contra o relógio. Quando nos damos conta, o ano letivo chega ao final e enfim, não há mais tempo – e muitas vezes energia – para planejar novas atividades para o próximo ano.
Todo início de ano letivo é um recomeço para professores e educandos! Enquanto os estudantes aproveitam os últimos dias de férias e organizam seu material escolar, os docentes já planejam o ano letivo, se apropriam das peculiaridades de cada turma, organizam cronogramas e buscam por projetos que, além de promoverem uma aprendizagem efetiva, sejam interessantes e instigantes!
Em uma época tão tecnológica e imediatista, onde as respostas (por vezes superficiais) estão a alguns cliques, tanto para adultos como da mesma forma para crianças e adolescentes, propomos como uma divertida e educativa metodologia de estudo, a observação de processos naturais. Quais processos da natureza nossos educandos podem observar em seus cotidianos frenéticos?
Educação ambiental
Podemos citar algumas excelentes propostas de processos biológicos que podem ser desenvolvidos e observados no ambiente escolar, como por exemplo: a compostagem, o cultivo de hortaliças, verduras e legumes, a construção de um ninho por aves nativas, a disposição de folhas, flores e frutos das árvores do pátio escolar, a montagem de um terrário (estes podem ser feitos desde escalas muito simples até estruturas complexas).
Fonte: Projeto da E.E. Professora Maria da Conceição Oliveira Costa
Antes de mais nada, observar processos é fundamental para o desenvolvimento pleno dos educandos. Certamente, é possível perceber a dinâmica do “tempo”, que não é o mesmo para todos os organismos, reconhecer as variações climáticas sazonais e sua influência sobre os elementos naturais, compreender a importância da decomposição para a ciclagem de nutrientes. Acima de tudo, entender que todos nós, seres vivos, fazemos parte de uma grande rede ecológica.
Alunos da Escola Municipal Ana Hella no Vista Alegre fazem a colheita das hortaliças na horta da escola. – Curitiba, 25/09/2017 – Foto: Daniel Castellano / SMCS
Além disso, é possível que “intempéries” aconteçam: nem todas as sementes germinam, temporais derrubam flores e impedem o desenvolvimento dos frutos, pássaros abandonam ninhos. Afinal, isso não é um problema! Faz parte dos processos naturais, assim com nosso cotidiano, assemelha-se a frustrações que enfrentamos diversas vezes.
Importante que os ciclos se renovem, que a vida siga, pois essa é a máxima da natureza! Observar processos naturais fará muito bem aos educandos, aos professores envolvidos e ao ambiente escolar como um todo! Ao reconhecermo-nos como parte da natureza e compreendermos a dinâmica dos seus ciclos, tornamo-nos mais responsáveis e conscientes do nosso papel enquanto seres pensantes, na grande rede ecológica!
Autores:
Profª Vanessa Schweitzer dos Santos
Profº Rafael Holsback
Enfim, separamos alguns manuais de como fazer horta em Escolas pra você:
- Manual para Escolas. A Escola promovendo hábitos alimentares saudáveis.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/horta.pdf
- Manual básico para implantação de hortas em escolas / Adriana Monteiro de Almeida, João Maria Pontes & Michelle Cristine Medeiros Jacob. – 1. Ed. – Manaus – AM: Elucidare, 2019
http://www.nutrir.com.vc/horta/ManualHorta.pdf
- Manual Prático Hortas Escolares
http://portal.seduc.go.gov.br/Paginas/Merenda/Documentos/Manual_Hortas.pdf
- ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA HORTA ESCOLAR
http://www.fao.org/fileadmin/templates/ERP/docs2010/caderno2_red.pdf
- HORTA: A IMPORTÂNCIA NO DESENVOLVIMENTO ESCOLAR – Disponível em: http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2010/anais/arquivos/0566_0332_01.pdf
Lei nº 9.795, DE 27 DE ABRIL DE 1999 – Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. – Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/l9795.htm