Educação ambiente – compostagem na EMEF Boa Saúde

29 de março de 2018
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Educação ambiental através da compostagem

A Educação Ambiental (EA) é um importante componente da educação como um todo. No Brasil, as práticas educativas ambientais são orientadas pela Política Nacional de Educação Ambiental (Lei 9.795/99) e devem ocorrer de forma permanente, interdisciplinar, incorporadas nos processos educativos como um todo.

Os resíduos sólidos são um tema bastante recorrente quando se fala em práticas de EA. A própria Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10) também prevê a EA como um de seus instrumentos.

O gerenciamento adequado dos resíduos é um desafio, tanto no âmbito coletivo, bem como doméstico. Para as instituições de ensino que se propõem a fazer o adequado manejo dos seus resíduos, como prática educativa ambiental permanente, os resíduos orgânicos podem ser um desafio ainda maior.

Procurando um bom projeto para iniciar o ano letivo!?!

Antes de mais nada, é importante considerar neste manejo a dinâmica educacional como um todo, as diversas demandas escolares e o volume de resíduos orgânicos gerados nestes espaços. Por exemplo, em questão é o relato de experiência da compostagem realizada na Escola Municipal de Ensino Fundamental Boa Saúde, localizada em Novo Hamburgo/RS. A escola atende aproximadamente 650 estudantes e serve aproximadamente 200 almoços por dia, além do lanche escolar, o qual é fruta de duas a três vezes por semana. Desta forma, a escola é uma grande geradora de resíduos orgânicos.

Gestão de resíduos orgânicos

Como parte dos seus processos de gestão de resíduos a escola optou pela compostagem dos orgânicos, em alternativa à sua destinação para a coleta convencional. Em 2014 a escola construiu sua primeira composteira, em alvenaria, a qual teve sua ampliação em 2015, dobrando a capacidade de compostagem. As duas unidades atualmente são utilizadas simultaneamente e durante todo o ano letivo.

Educação ambiental e boas práticas educativas

As sobras da cozinha vão para a composteira, assim como, restos de frutas do lanche. Em decorrência da organização interna da escola, não se dispõe de um funcionário que possa revolver o composto diariamente. O que se mostrou mais eficiente para a instituição foi utilizar uma composteira até seu limite, cobrindo toda ela e deixando em repouso, enquanto a outra é posta em uso.

Quando há disponibilidade, pode-se revolver o composto, inclusive com  participação dos estudantes. Folhas e galhos recolhidos na escola, são postos sobre as sobras frequentemente, de modo que se evita a atração de moscas e outros insetos.

Aproveita-se o composto nas hortas e canteiros, contribuindo com o cultivo de hortaliças e verduras e proporcionando mais interação entre estudantes e elementos naturais.

Mais informações sobre o gerenciamento de resíduos na Escola Boa Saúde podem ter sua verificação neste endereço:

http://www.sbecotur.org.br/revbea/index.php/revbea/article/view/4940 , no artigo “A educação ambiental como potencial para o gerenciamento de resíduos sólidos escolares – o caso da EMEF Boa Saúde-Novo Hamburgo/RS”.

Possibilidades e limitações para o gerenciamento

Antes de mais nada, é necessário que cada espaço educador verifique suas possibilidades e limitações para o gerenciamento adequado dos resíduos sólidos, especialmente, os orgânicos. Afinal, o importante é começar, outras abordagens são viáveis: compostagem de parte dos orgânicos, um projeto ou a proposta de pesquisa.

A realização de boas práticas ambientais na escola, mais que sensibilizar os estudantes para as questões ambientais, em suma, permite que eles vivenciem estas ações, as reconheçam e adquiram habilidades para colocá-las em prática no seu cotidiano!

 

Autora:

Vanessa Schweitzer dos Santos – bióloga, mestre em Engenharia Civil/Gerenciamento de Resíduos, além disso, professora no Centro de Educação Ambiental Ernest Sarlet/Novo Hamburgo/RS

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