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Sebastião Salgado e suas obras impactantes

Sebastião Salgado é um fotógrafo brasileiro representado por suas obras documentais e de natureza humana. Ele é conhecido por capturar imagens impactantes que retratam questões sociais, econômicas e ambientais em todo o mundo.

Salgado começou sua carreira como economista, mas logo descobriu sua paixão pela fotografia. Passou anos viajando para os cantos mais remotos do planeta, documentando a vida das pessoas e retratando as dificuldades enfrentadas por comunidades desfavorecidas.

Suas fotografias são famosas por sua qualidade artística e pela forma como capturam a essência das pessoas e dos lugares que retratam. Além disso, Salgado tem sido um defensor ativo da preservação da natureza e dos direitos humanos, e suas obras têm sido exibidas em exposições em todo o mundo.

Sebastião Salgado é um fotógrafo talentoso e comprometido, cujo trabalho tem sido uma voz poderosa na luta por uma sociedade mais justa e um mundo mais sustentável.

Documentando suas jornadas

Em 2014 teve o lançamento do documentário O Sal da Terra, dirigido pelo alemão Wim Wenders e pelo franco-brasileiro Juliano Salgado, filho do personagem principal, o fotógrafo Sebastião Salgado. Assim, a obra nos convida a observar o mundo a partir dos olhos do próprio fotógrafo.

O título do filme é uma referência bíblica, Mateus 5:13: “Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.”

Este documentário não é uma biografia tradicional, mas descreve a jornada de Sebastião para criar uma fotografia social. No filme de 110 minutos, seguimos um loop da terra natal do fotógrafo, a fazenda de seu pai no interior de Minas Gerais, até Paris, onde se refugiou durante a ditadura brasileira.

Sua trajetória nos leva aos quatro cantos do mundo, construindo sua obra em suas viagens de aventureiro; retornando depois, a fazenda de sua infância restaurada e renovada na vida posterior.

A narrativa do documentário baseasse nas suas cinco maiores obras:

  1. Em primeiro lugar,Outras Américas, obra construída entre 1977 e 1984;
  2. Sahel: the end of the road, nos anos de 1984 e 1985;
  3. Trabalhadores, documentada entre 1986 e 1991;
  4. Êxodos, entre 1993 e 1999;
  5. E por fim, Gênesis, entre 2004 e 2013.

Olhar bem atual sobre a obra “Trabalhadores”

Foi um dos livros mais divulgados no mundo, teve tradução para diversos idiomas. Porque, após visitar mais de 30 países, Sebastião Salgado eterniza a humanidade dos trabalhadores da indústria metalúrgica, de pescadores, agricultores e dos garimpeiros da Serra Pelada.

O tempo passa, mas a história se repete como um ciclo vicioso. O cenário não é o mesmo de 1986, mas Serra Pelada volta a ser notícia nos tabloides, não mais no estado do Pará, mas no seu vizinho, o estado de Amazonas e Roraima, especificamente na Terra Yanomami.

O garimpo ilegal ainda assombra os povos, ainda explora trabalhadores e além disso, ainda destrói a Natureza.

Sebastião Salgado retorna para casa

Após testemunhar catástrofes de guerra, fome, violência, crimes, exploração, pobreza e doenças, Sebastião retorna para casa se sentindo doente, como se a própria condição humana lhe fosse uma doença na alma.

Ao retornar encontrou sua propriedade em condições de desmatamento e imagens de seca como aquelas que retratou no Nordeste brasileiro em Outras Américas.

Logo, ele e a esposa Lélia decidem recuperar a floresta e a biodiversidade das terras da fazenda. Assim, o casal passou a se dedicar ao reflorestamento da área de 600 hectares que compreendia a fazenda, e o que começou como uma busca por um novo alento para Sebastião.

Devido está nova fase, ele criou o Instituto Terra. Organização civil sem fins lucrativos responsável pelo plantio de mais de 2 milhões plantas de espécies de Mata Atlântica.

O renascimento de Sebastião Salgado

Assim nasce o Genesis(2004-2013) onde o ser humano reaparece como objeto, não a humanidade cujo sofrimento deve ser denunciado, mas a humanidade intacta, alheia à tecnologia moderna, enfim, a humanidade que se veria no princípio dos tempos, carregado de um otimismo holístico.

Contudo, partiu para descoberta de territórios imaculados, de fauna e flora selvagens e de paisagens grandiosas, num grande projeto fotográfico que homenageia a beleza do planeta.

Além do mais, ao interpretar as fotografias de Sebastião Salgado, é possível compreender o homem que ele é. Em suma, uma pessoa que enxerga na sua profissão, nas tensões políticas e na interação dos seres humanos com o meio ambiente, as condições fundamentais da existência humana.

Através de suas fotografias, ele busca transmitir uma mensagem impactante sobre a nossa realidade histórica atual.

 

Você encontra o documentário disponível no GloboPlay

 

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