Nesta breve abordagem, buscaremos apresentar o texto sobre ‘Recursos Hídricos‘ cedido à Compostchêira (para divulgação) pelo renomado professor da USP na área de antropologia e do meio ambiente, Maurício Waldman. Em seu escrito, o professor tece a relação entre recursos hídricos, produção de alimentos e Resíduos Sólidos, apresentando exemplos que causam, por vezes, certo frio na espinha, o que deixa ainda mais hipnótico sua leitura.
“embora os recursos hídricos sejam de capital importância para as atividades humanas em geral, retenha-se que o trabalho agrícola e a pecuária, numa proporção superior ao parque fabril e ao consumo urbano e residencial, respondem por fração majoritária das demandas por água, ou seja, em torno de 65% do total mundial”
Trazendo dados sobre o fortalecimento dos padrões ocidentais de alimentação – que tem como carro-chefe as redes de fast-food – o texto discorre sobre como a cultura do indivíduo influencia diretamente no desperdício.
“Uma dieta americana rica em produtos pecuários requer 800 quilos de grãos por pessoa por ano, enquanto as dietas na Índia, dominadas por uma alimentação básica de amidos como arroz, caracteristicamente necessitam apenas de 200 quilos.”
Ao relacionar o alimento pronto com as etapas de sua produção, alerta para a responsabilidade que o consumidor final carrega. Mas, sobretudo, aponta para a influência que a indústria cultural possui no fomento ao consumo.
“A produção de um quilo de trigo, por exemplo, reclama o suprimento de 900 litros de água; 01 quilo de milho, 1.400 litros; de arroz, 1.910 litros; um quilo de carne de frango, 3.500 litros; por fim, um quilo de carne de boi implica no consumo de 100.000 litros de água…
100.000 litros de água são suficientes para uma pessoa tomar banho de ducha durante quatro anos e oito meses e banho de imersão durante um ano e sete meses. Assim, poupamos mais água deixando de comer meio quilo de carne do que ficar sem tomar banho por um ano inteiro!”
Outra questão relacionada ao desperdício é a precariedade no manejo da produção que, segundo o autor:
“praticamente mais de 60% do que é cultivado no país acaba lançado na lata de lixo”
Todo esse desperdício, por fim, coloca a questão dos Resíduos Sólidos como pauta importante do trabalho do professor Waldman. O tratamento dos Resíduos Orgânicos ganha destaque nesse tópico quando o professor apresenta uma série de dados sobre o potencial do Brasil para a prática da Compostagem (Compostagem Doméstica).
“O país [Brasil] composta apenas 1,6% da fração úmida, um dos mais baixos índices do Planeta … 33% dos belgas fazem compostagem em casa; mais de 80% dos alemães e holandeses colabora com a coleta seletiva de orgânicos; a Áustria descarta menos de 3% do lixo culinário.”
O texto na íntegra está disponível no link: http://www.mw.pro.br/mw/geog_recursos_hidricos_impactos.pdf
MAURÍCIO WALDMAN: coordenador editorial, jornalista, pesquisador, professor universitário e antropólogo africanista. Na trajetória de Waldman constam: Em primeiro lugar, graduação em Sociologia (USP, 1982), mestrado em Antropologia (USP, 1997), doutorado em Geografia (USP, 2006). Alem disso, três pós-doutorados: Geociências (UNICAMP, 2011), Relações Internacionais (USP, 2013) e Meio Ambiente (PNPD-CAPES, 2015).
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