Resíduos Sólidos

VITIVINICULTURA – USO DE RESÍDUOS NA PRODUÇÃO DE ALFACE

Resíduos de Vinícolas

A vitivinicultura (produção de uvas, vinhos e seus derivados) é uma atividade que remonta a milhares de anos, sendo sua prática historicamente vivenciada nas diferentes regiões do globo terrestre.

O Brasil teve a introdução das vinícolas em seu território no século XVI. No Rio Grande do Sul, a prática vitivinícola viria a se constituir, no final do século XIX, bem como, em uma atividade de importância econômica e social.

Sobretudo a partir da experiência dos imigrantes italianos que se instalaram principalmente na região nordeste deste estado. No decorrer das décadas iniciais do século XX, a vitivinicultura continuaria sua escala de desenvolvimento, bem como, o início da implantação de uma legislação governamental e a chegada de enólogos estrangeiros.

Primeiramente, os especialistas vieram auxiliar no aprimoramento técnico das agroindústrias que iam sendo criadas, além de aumentos expressivos na produção e comercialização dos produtos da cadeia.

Produção de Mudas de Alface

A região da Campanha fica localizada na “Metade Sul do Estado” atualmente com aproximadamente 1.500 ha consolidou-se como produtora de vinhos finos na década de 1980 a partir de um Projeto implantada por uma empresa multinacional no município de Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai.

Já na Serra do Sudeste, a vitivinicultura, logo depois, veio a ganhar importância econômica mais recentemente a partir de investimentos efetuados por vinícolas localizadas na Serra Gaúcha (HUBER et. al, 2016).

Segundo o IBRAVIN (2016), o RS processou 702,9 mil toneladas de uvas na safra 2015, produzindo um total de 461,07 milhões de litros de vinhos, sucos e do mesmo modo derivados.

Os resíduos da indústria vinícola representam de 10% a 15% do total vinificado, assim pode-se estimar um total de 70,29 a 105,44 mil toneladas de resíduos produzidas pelas industrias vinícolas no RS no ano de 2015.

Os resíduos urbanos e agro-industriais constituem em alternativa interessante para a substituição de estercos, mesmo que parcialmente, por serem baratos e abundantes, embora a maioria destes apresente baixa fertilidade natural e necessite de transformação prévia para aplicação no campo (MORSELLI, 2007).

Dessa forma, avaliamos a utilização de resíduos das vinícolas  para produção de vermicomposto e sua utilização no cultivo de mudas de alface.

Em conclusão, é viável a utilização dos resíduos da vitivinicultura, comprovado pela importante contribuição deste material como fonte de enriquecimento da constituição química do vermicomposto, do mesmo modo que na produção de mudas de alface.

Autora:

Ana Cláudia Kalil Huber

Primeiramente:

(1) Profª. Dra. Engª. Agrônoma, Faculdade de Agronomia, URCAMP; Tupy Silveira 2099, Bagé, RS, 96400-110. e-mail: anahuber@urcamp.edu.br

Antes de mais nada, seguem alguns trabalhos:

HUBER, A. C. K. et al. UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS DE VINÍCOLAS PARA VERMICOMPOSTAGEM E PRODUÇÃO DE MUDAS DE ALFACE. Revista Científica Rural-Urcamp, Bagé-RS, vol. 18, n.1, 2016. pg. 108-117. ISSN 1413-8263.

Posteriormente:

INSTITUTO BRASILEIRO DO VINHO- IBRAVIN <http://www.ibravin.com.br/Dadosestatisticos. > Acesso em: 05 abril 2016.

MORSELLI, T. B. G. A. Resíduos orgânicos em sistemas agrícolas. Pelotas, 2007. Universidade Federal de Pelotas, 2007. 227p.

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